Como a resolução que restringe uso médico da Cannabis pode afetar pacientes
Uma nova resolução do CFM (Conselho Federal de Medicina), publicada no Diário Oficial na última sexta (14), limita no país o uso médico da Cannabis sativa, mais conhecida como maconha.
De acordo com a nova norma (2324/2022), a Cannabis só poderá ser usada no tratamento de epilepsia refratária em crianças e adolescentes com síndrome de Dravet e Lennox-Gastaut ou complexo de esclerose tuberosa. E só pode ser usado o canabidiol, o CBD, um dos cerca de 500 compostos da planta.
O texto veda a prescrição de “quaisquer outros derivados” da maconha e a utilização para mais indicações terapêuticas só poderá acontecer em estudos clínicos. Médicos também estão impedidos de ministrar cursos e palestras sobre o tema. A participação dos profissionais fica restrita ao ambiente científico, e apenas em congressos vinculados à AMB (Associação Médica Brasileira).