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03/04/2023

Após desrespeitar pacientes e profissionais de saúde, CFM recua.

Nos ambientes que tratam do avanço da ciência, da medicina e dos negócios da cannabis é comum ouvirmos a frase “o gênio não vai voltar pra dentro da lâmpada”, em referência ao caráter irreversível dessas conquistas. Pois na última semana, tivemos  no Brasil  um episódio que ilustra a metáfora com a perfeição, protagonizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que  tentou colocar o gênio na garrafa e se deu mal. Apenas dez dias depois de restringir a prescrição da cannabis a casos muito específicos e limitados, o CFM voltou atrás e revogou sua desastrada resolução.

Ainda que o retrocesso tenha sido rapidamente contido, causa espanto ver o CFM, autarquia federal fundada em 1951, tentando usar a cannabis para fazer coro ao debate de costumes incentivado pelo candidato à reeleição para presidente. Para tanto, vejam só, acho razoável atropelar a autonomia profissional, a mesma que havia usado para justificar que médicos brasileiro prescrevessem cloroquina a pacientes de COVID, contrariando as melhores evidência científicas disponíveis à época e que, por sinal, seguem válidas. Infelizmente muitos desses doentes não estão mais aqui para reclamar.

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